domingo, 6 de junho de 2021

Em busca dos antepassados Conceição Silva I

«Eduardo Conceição Silva & Irmão», in Fundação Mário Soares.
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Muito embora seja um ramo da família não relacionado com as artes, darei aqui início a uma pesquisa, por mera curiosidade pessoal, sobre os irmãos Conceição Silva, fundadores da Fábrica de Santo Amaro ou do Calvário (ou Fábrica Nacional de Bolachas e Biscoitos), de Eduardo Conceição Silva & Irmão. 
Eduardo Conceição e Silva nasceu em 1842 e faleceu em 1883, filho de Januário Conceição e Silva e de Rosa Luísa Pessoa. Era irmão de João da Cruz e Silva (1840-1917), de Margarida Conceição e Silva (minha trisavó), António Sebastião e Silva, Francisco da Conceição e Silva e tinha mais cinco irmãs: Madalena, Custódia, Delfina, Rosa e Maria da Conceição. 
Foi Francisco (também meu tio-trisavô) (nascido a 27 de Julho de 1852, em Pedrógão Pequeno, e falecido a 8 de Fevereiro de 1911) quem encomendou a Henri Lusseau o Palacete situado na Avenida da Liberdade, iniciado em 1891. 
Francisco Conceição e Silva foi fundador da Companhia Fabril Lisbonense, director das Companhias de Seguros Universal e Lusitana e da Empresa de Recreios de Lisboa, proprietário da Fábrica de Bolachas e da fábrica de massas A Napolitana e director de duas fábricas de algodão. Foi, com seus irmãos Eduardo e João, grande benemérito em Pedrógão Pequeno, onde restauraram (em 1902) a capela e caminhos de Nossa Senhora da Confiança e a canalização de águas dentro da vila, distribuída por fontenários.
A Fábrica de Santo Amaro ficava na Rua de Santo Amaro, nas antigas cocheiras do Palácio Real do Calvário, sendo o espaço adquirido por Eduardo e Francisco, à Casa de Bragança, em 1878. Em 1901, era ainda uma das principais produtoras de trigo, em Portugal. Tinha depósito na Rua da Prata (210-212), na Rua Direita de Belém (139-140), filiais no Porto e Viana do Castelo, e um depositário em Braga. 
Após o falecimento de Francisco Conceição e Silva, em 1911, a Fábrica foi adquirida pela Companhia Industrial de Portugal e Colónias, herdada por Augusto Serra e Costa. Foi nesta altura que terminou a sua laboração, sendo o espaço vendido à Sociedade Promotora de Educação Popular (fundada em 1904), que, em 1911, se mudou para o edifício.
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Bibl. José Alberto do Couto Pereira, «Um Século de Moagem em Portugal de 1821 a 1920», pp. 271-283, 5294.pdf; Ana Marques Pereira, «Assobia-lhe às botas», in Garfadas on line, 16 de Setembro de 2016.

2 comentários:

Helder Conceição Silva disse...

Olá Margarida, Boa tarde!

Não nos conhecemos, mas partilhamos as mesmas raízes. O acaso levou-me a (re)encontrar o seu blogue. Sou descendente do António Sebastião e Silva, irmão da sua trisavó Margarida Conceição e Silva, e tenho a mesma pulsão, a de encontrar os nossos antepassados. Conheci o João (Mattos e Silva) com quem mantive algumas conversas muito interessantes, inclusive em dois ou três almoços inesquecíveis, num dos quais, inclusivamente, ele deu-me uma foto da minha trisavó com o meu bisavô Francisco ao colo. Confesso, fiquei muito triste quando percebi, ao percorrer o seu Blogue, que ele já nos deixou. Lamento profundamente. Os menus sinceros Pêsames! Infelizmente, a minha vida profissional levou-me a não manter o contacto e verifico que já passaram alguns anos. Gostaria muito de a conhecer e de partilhar histórias e memórias.

Se também for essa a sua vontade, não hesite em contactar-me, para: helderconceicaosilva@gmail.com ou 961125077

Reiterando a minha saudade pelo João,
O abraço de um Primo distante,
Hélder

Margarida Elias disse...

Boa tarde! Irei dar o seu contacto à minha mãe que tem andado em pesquisas de genealogia. Obrigada pelo contacto!