domingo, 30 de agosto de 2009

Rui Matos e Silva vestido de Arlequim


Fotografia de Rui Matos e Silva (1921), vestido de Arlequim, num Bilhete-Postal de A. Kurt Silva Pinto.

Fotografia de 1906


Postal de 1906 com uma fotografia de João da Cruz David e Silva, Emília Mattos Silva e Ema Mattos e Silva. No verso, Emília de Mattos escreve a sua madrinha dando notícias.

sábado, 29 de agosto de 2009

Poema acaso grego

Como Ulisses perder-me
em mares do ignorado.
Tecer como Penélope
de sonhos cada instante.
E ser nesta viagem
de velas indecisas
pastor e mareante.
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Poema de João Mattos e Silva (1987).

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Diana Revolta-se



Conto de Fernanda Mattos e Silva publicado n' O senhor Doutor a 13 de Outubro de 1934.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Bright


Pintura de Emília Mattos e Silva, Bright (2004, Óleo sobre tela).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Memória



Na memória se encerra nela se abre
o tempo do que foi do que há-de vir.
Que o poema se chame sua chave.
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Poema de João Mattos e Silva (1987).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

«Seara em flor»



Conto de Fernanda de Mattos e Silva, publicado n' O Senhor Doutor a 8 de Setembro de 1934. Fala sobre o ramo da espiga que se costuma adquirir no dia da Ascenção.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Spyke


Pintura de Emília Matos e Silva, Spyke, 2004.

domingo, 23 de agosto de 2009

«Mi(n)to»

No gesto que sustenho
o silêncio que minto
a palavra impudente
o travo do absinto
no amor que desdenho
no amor que resguardo.

Sobre o corpo que espero
sobre o rosto escondido
um mito entretecido
de lírios e de nardo.
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Poema de João Mattos e Silva (1986).

sábado, 22 de agosto de 2009

«Festa brava»



Conto de Fernanda de Mattos e Silva, in O Senhor Doutor, 11 de Agosto de 1934.

Um leque


Pintura de Emília Mattos que representa um leque. Trata-se de uma natureza morta que figura um objecto do quotidiano feminino, que era próprio da sociedade burguesa do século XIX. Apesar de os leques serem associados a códigos de comunicação, naquela época, creio que Emília Mattos estava mais interessada na representação do objecto decorativo ligado à arte oriental, sem qualquer simbolismo a ele associado. Como num quadro dentro de um quadro, neste leque podem ver-se pintados dois patos, em tons de azul sobre um fundo rosado, figurando talvez um leque que pertenceria à pintora.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

«Imemória»




Mil memórias de mares adormecidos

vigilantes ficámos e estivemos.

Mil memórias de nós que nos morremos

espúrios o sol e sal parcos de nada

reduzidas as palavras aos sentidos

reduzido o amor à coisa amada.

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Poema de João Mattos e Silva (1986).

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

«A sua boa estrêla»









Conto de Fernanda Mattos e Silva,
in O Senhor Doutor, 14 de Julho de 1934.

sábado, 15 de agosto de 2009

Âncora



Esta sempre foi uma das minhas pinturas preferidas, das pintadas pela minha mãe. Entre uma marinha e uma natureza-morta, mostra e amplia a corrente que prende o barco à terra. O título de âncora traduz a corrente não como uma prisão, mas sim como uma segurança. Faz-nos ligar o mar a um abrigo, a um porto seguro.
Todos nós precisamos de ancorar, de encontrar esse porto onde encontramos segurança.
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Pintura de Emília Mattos e Silva.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Flores


Aguarela de Emília Mattos (1890).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quando o tempo vier



Quando o tempo vier
que seja apenas mar.
Que se abram em flor
os rios rasgando o vento.
Quando o tempo vier
(que venha breve)
saiba dizer amor
em vez de guerra
saiba querer
a serra
em vez de mar.
E venha a tempestade
para ficar.
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João Mattos e Silva (1976).
Fotografia de Emília Mattos e Silva.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

«Fogueiras de São João»


Conto de Fernanda Mattos e Silva,
O Senhor Doutor, 30 de Junho de 1934.

Fez-se silêncio de sol no teu olhar...


Fez-se silêncio de sol no teu olhar
como se à noite o sol não possuísse.

(É à noite que o sol possui a lua
e lhe diz coisas que à terra nunca dissse).
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Poema de João Mattos e Silva (1972).