domingo, 23 de agosto de 2009

«Mi(n)to»

No gesto que sustenho
o silêncio que minto
a palavra impudente
o travo do absinto
no amor que desdenho
no amor que resguardo.

Sobre o corpo que espero
sobre o rosto escondido
um mito entretecido
de lírios e de nardo.
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Poema de João Mattos e Silva (1986).

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