segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Canto para uma voz 12

Há mãos nos meus versos
e poemas nos meus dedos.

Entre as mãos e os versos
nascem flores.

A luz do sol pleno,
coada pelas pétalas vazias,
cai complacente
nas mãos dos meus versos
e nos poemas dos meus dedos.

Então o amor, selvagem,
irrompe como uma sinfonia
e consegue ser quente.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fernanda de Matos e Silva faria hoje 105 anos.

Calendário de 1905, meses de Julho, Agosto e Setembro.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Envolvência

Pintura de Emília Matos e Silva, Envolvência III ( 2010 ).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Canto para uma voz 2

Fui eu quem desceu à praia.
São de areia as minhas mãos
e são de mar os meus olhos.

(Vou pela vida cantando;
canto triste ou canto alegre
conforme chove ou faz vento)

Fui eu quem desceu ao vale.
São de pedras os meus olhos
e é transparente o olhar.

(Pelo mar vou navegando;
se há vento vou singrando
se não há fico a cismar)

Fui eu quem subiu à serra.
Os plátanos são meus desejos
e os matagais meus caminhos.

(Pelos montes vou consagrando;
tudo o que tenho e não tenho
seja feliz ou não seja).

Fui eu quem deixou a terra,
e pelo mar-oceano
deixou pedaços de olhar.

(Crescem urzes na planície,
sobem ciprestes nos vales
e eu canto triste ou alegre
conforme posso cantar.)
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Intimidade

Pintura de Emília Matos e Silva, Sem título (2010).