quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Frutos de Outono

Emília Mattos, Natureza Morta (1887)

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Crisântemos

Pintura de Fernanda Mattos e Silva.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Em memória de João Matos e Silva (1944-2017)




Momento XV (1968)

Revejo-me num espelho sem contorno,
Sem nada.
O mar silencioso dá-me sempre igual
Uma alma inacabada.



Corrente (1972)

Uma corrente é sempre uma constante.
Imensidade ligada de infinito.
esta corrente me prende e perpetua.
Inserto nesse espaço eu sou um elo
da corrente que em mim se continua.



Quando o tempo vier (1976)

Quando o tempo vier
que seja apenas mar.
Que se abram em flor
os rios rasgando o vento.
Quando o tempo vier
(que venha breve)
saiba dizer amor
em vez de guerra
saiba querer
a serra
em vez de mar.
E venha a tempestade
para ficar.



Palavras de Palavras 4 (1986)

Como as palavras se excedem
nas palavras
o silêncio recolhe-se nos lábios.



Memória (1987)

Na memória se encerra nela se abre
o tempo do que foi do que há-de vir.
Que o poema se chame sua chave.


Descobridores (1997)

Foram porém descendo
costa a costa
a terra. E era virgem
a vaga que roçava
languidamente as naus
e as vidas como a dizer
além além além.

E descobriram areais
apenas abraçados a marés ausentes
grandes silêncios o canto
das sereias e o pulsar da terra
adolescente e pura.

Esta gente que partiu ignota
das praias do Restelo à aventura.



Noivado (2003)

Estão de branco as salinas
e noivam assim puras
com a terra.
O mar na despedida
da emoção
tece de espuma grinaldas
deixadas por pudor
sobre as areias.


Obras Publicadas:

Sem Contorno: Poesia, Lisboa, Edições Excelsior, 1968.
Tempo de Mar Ausente, Lisboa, 1972.
Intemporal, 1976.
Cântico Suspenso, Lisboa, Edições Sílex, 1986.
Memória(s), pref. Mário Cláudio, Átrio, 1987.
Marítimo CaminhoSintra, Editorial Tertúlia, 1997.
Intemporal, Antologia (1968-2003), Universitária Editora, 2003.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Desenho

Desenho de Emília Matos e Silva (1987)

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Flores

Fernanda Matos e Silva (1940)

terça-feira, 12 de junho de 2018

Caminhos

Pinturas de Emília Matos e Silva
-

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Paisagem Rural

Fernanda Mattos e Silva, Sintra (1952)

terça-feira, 10 de abril de 2018

segunda-feira, 12 de março de 2018

Paisagem Urbana III

Aguarela de Emília Matos e Silva (1996)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Paisagem Urbana I

Emília Matos e Silva, Quinta dos Azulejos, Paço do Lumiar (1985)