quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Emília Adelaide de Oliveira Mattos e Silva



Emilia Mattos, nascida no dia 17 de Abril de 1872, era uma pessoa muito profunda e sabedora mas com uma certa falta de sentido prático.

Combativa e enérgica, tinha necessidade de se expressar de forma afirmativa e de saber com o que podia contar.

Sentia necessidade da aceitação social.

Possessiva e exigente demonstrava o amor que sentia pelo marido e filhos de forma tensa e carregada de paixão.

Tão exigente consigo própria como com os outros era uma pessoa de extremos.

Não vivia, na vida prática, o seu conceito intelectual de liberdade. Tinha dificuldade de se libertar do passado, pelo que todas as mudanças eram muitíssimo difíceis. Tinha anseios de evasão que ela própria limitava.

Pessoa muitíssimo sensível, idealista e muito sonhadora, deixava muitas vezes de viver plenamente o presente, perdendo-se em sonhos de um futuro ideal. A sua dificuldade de pôr em prática o que idealizava devido à sua grande necessidade de segurança, provocava-lhe crises de ansiedade e mudanças frequentes de humor.

Era uma pessoa inspirada que envolvia os outros pelas suas palavras, porque falava de forma intuitiva e espiritual.

Como pianista era uma virtuosa intérprete de Chopin.

Estudou pintura com Luciano Freire. As suas paisagens, tiradas de motivos contemplados ao ar livre, lembram a pintura de Camille Corot tanto na fidelidade como na frescura.

Emília Matos: Pintora do século XIX, discípula de Luciano Freire, figurou com pintura na Exposição Industrial de Lisboa de 1888.
Fernando de Pamplona, "Dicionário de pintores e escultores portugueses", Vol. IV, p. 93. Livraria Civilização Editora, Barcelos, 1988.

A descrição da sua personalidade foi feita a partir de relatos de pessoas que a conheceram e da análise do seu mapa astral.

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