Em 1997, Emília Mattos e Silva pintou uma série de búzios, que, na minha opinião, marcam uma das melhores fases da obra da pintora. Cabendo no capítulo do mar, muitas vezes presente nos seus trabalhos, eles traduzem a paixão da artista pelo coleccionismo de conchas, búzios e elementos marinhos. Tratam-se de naturezas-mortas paradoxais: manda a regra que a natureza-morta respeite a escala dos objectos figurados. Mas estes quadros ampliam a dimensão dos búzios, tornando a sua presença mais forte perante o olhar do espectador.
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