quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cidade




Pintura de Emília Mattos e Silva, Rua da Bela Vista (1988).
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Desta janela vê-se outra janela:
de uma mansarda antiga e só
sobressaindo do rubro de um telhado.
Vaidosa até da sua desgarrada solidão.

O céu fica-lhe atrás de azul
em muitos dias - que alegria!
- cinzento de tristeza a mais
das vezes. À noite a escuridão.

Acende-se uma luz tremeluzente
atrás do cortinado. Desta janela
vejo outra janela: apenas um bocado.
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Poema de João Mattos e Silva (1987).

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