segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Canto para uma voz 12

Há mãos nos meus versos
e poemas nos meus dedos.

Entre as mãos e os versos
nascem flores.

A luz do sol pleno,
coada pelas pétalas vazias,
cai complacente
nas mãos dos meus versos
e nos poemas dos meus dedos.

Então o amor, selvagem,
irrompe como uma sinfonia
e consegue ser quente.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).

2 comentários:

Presépio no Canal disse...

Lindo poema! Gostei muito!

Margarida Elias disse...

O meu tio é um grande poeta. Merecia ser mais conhecido.:)