A noite é escura
como os teus cabelos
como o teu olhar,
como as tuas mãos,
como a tua vida,
como o teu amor.
E eu amo a noite
mesmo sem luar.
---
João Mattos e Silva (1972).
Três gerações da família iniciada com João da Cruz David e Silva e Emília Mattos e Silva na pintura, na música e na literatura e poesia.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Marinha
Pintura de Emília Matos e Silva, Sem título (1988).
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Marinha,
pintura de Emília Mattos e Silva
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Canto para duas vozes 7
Mesmo quando não penso
é em ti que penso.
Há como que uma força
misteriosa que me chama
e me impele para ti.
Eu gosto do mistério
e creio no mistério.
Se não acreditasse assim
tão conscientemente,
que interesse teria a vida
tão cheia de coisas reais
e que sendo belas, são duras
e que sendo duras e belas
destroem quase sempre
o encanto de viver.
Se sofro sem razão
sei que sofro por ti,
se me amarguro sei
que a amargura está em ti,
como em ti estão sol, as
flores, as planícies e as montanhas,
o começo e o fim do universo.
Se não és tudo, tudo está em ti,.
Até a ilusão do que és,
o sonho do que serias,
o amor que me terias.
Hoje não vou, assim o quero,
pensar em coisa alguma...
Tu és, porém, ausência
e vazio do pensamento.
---
João Mattos e Silva (1972).
é em ti que penso.
Há como que uma força
misteriosa que me chama
e me impele para ti.
Eu gosto do mistério
e creio no mistério.
Se não acreditasse assim
tão conscientemente,
que interesse teria a vida
tão cheia de coisas reais
e que sendo belas, são duras
e que sendo duras e belas
destroem quase sempre
o encanto de viver.
Se sofro sem razão
sei que sofro por ti,
se me amarguro sei
que a amargura está em ti,
como em ti estão sol, as
flores, as planícies e as montanhas,
o começo e o fim do universo.
Se não és tudo, tudo está em ti,.
Até a ilusão do que és,
o sonho do que serias,
o amor que me terias.
Hoje não vou, assim o quero,
pensar em coisa alguma...
Tu és, porém, ausência
e vazio do pensamento.
---
João Mattos e Silva (1972).
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Poente
Pintura de Emília Matos e Silva, Poente (2008).
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Abstracto,
pintura de Emília Mattos e Silva
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Canto para duas vozes 4
Eram aves sem norte como nós,
perdidas.
E foram lentamente rasgando a manhã clara.
---
João Mattos e Silva (1972).
perdidas.
E foram lentamente rasgando a manhã clara.
---
João Mattos e Silva (1972).
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Tarot
Pintura de Emília Matos e Silva, Tarot (2010).
---
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pintura de Emília Mattos e Silva,
Simbolismo
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Canto para uma voz 12
Há mãos nos meus versos
e poemas nos meus dedos.
Entre as mãos e os versos
nascem flores.
A luz do sol pleno,
coada pelas pétalas vazias,
cai complacente
nas mãos dos meus versos
e nos poemas dos meus dedos.
Então o amor, selvagem,
irrompe como uma sinfonia
e consegue ser quente.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
e poemas nos meus dedos.
Entre as mãos e os versos
nascem flores.
A luz do sol pleno,
coada pelas pétalas vazias,
cai complacente
nas mãos dos meus versos
e nos poemas dos meus dedos.
Então o amor, selvagem,
irrompe como uma sinfonia
e consegue ser quente.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Envolvência
Pintura de Emília Matos e Silva, Envolvência III ( 2010 ).
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pintura de Emília Mattos e Silva
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Canto para uma voz 2
Fui eu quem desceu à praia.
São de areia as minhas mãos
e são de mar os meus olhos.
(Vou pela vida cantando;
canto triste ou canto alegre
conforme chove ou faz vento)
Fui eu quem desceu ao vale.
São de pedras os meus olhos
e é transparente o olhar.
(Pelo mar vou navegando;
se há vento vou singrando
se não há fico a cismar)
Fui eu quem subiu à serra.
Os plátanos são meus desejos
e os matagais meus caminhos.
(Pelos montes vou consagrando;
tudo o que tenho e não tenho
seja feliz ou não seja).
Fui eu quem deixou a terra,
e pelo mar-oceano
deixou pedaços de olhar.
(Crescem urzes na planície,
sobem ciprestes nos vales
e eu canto triste ou alegre
conforme posso cantar.)
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
São de areia as minhas mãos
e são de mar os meus olhos.
(Vou pela vida cantando;
canto triste ou canto alegre
conforme chove ou faz vento)
Fui eu quem desceu ao vale.
São de pedras os meus olhos
e é transparente o olhar.
(Pelo mar vou navegando;
se há vento vou singrando
se não há fico a cismar)
Fui eu quem subiu à serra.
Os plátanos são meus desejos
e os matagais meus caminhos.
(Pelos montes vou consagrando;
tudo o que tenho e não tenho
seja feliz ou não seja).
Fui eu quem deixou a terra,
e pelo mar-oceano
deixou pedaços de olhar.
(Crescem urzes na planície,
sobem ciprestes nos vales
e eu canto triste ou alegre
conforme posso cantar.)
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
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Poema de João Mattos e Silva
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Intimidade
Pintura de Emília Matos e Silva, Sem título (2010).
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pintura de Emília Mattos e Silva
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Definição V
Não tenho um pensamento
mais profundo
do que um outono roubado
à primavera.
Se te digo que as vidas
são dispersas
é porque quero dizer
que são diversas.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
mais profundo
do que um outono roubado
à primavera.
Se te digo que as vidas
são dispersas
é porque quero dizer
que são diversas.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Uma flor
Pintura de Emília Matos e Silva (2007).
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Flores,
pintura de Emília Mattos e Silva
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Alfama - Lisboa
Gravura de Margarida Elias (1987).
---
---
Fiz esta gravura no âmbito de uma aula de 11.º ano, no Liceu Filipa de Lencastre. Fomos em visita de estudo a Alfama, onde tirámos apontamentos, os quais foram depois trabalhados na aula. Gostei da experiência, que nunca repeti, apesar do resultado ter ficado bastante naïf.
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Gravura de Margarida Elias,
Paisagem
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Tempo de guerra VII
...E o rio desfaz-se lento na planície...
Dançam os blufos.
Dançando, o palmeiral
contorece-se ao batuque que é de guerra.
A voz da noite vem
e banha-se de espanto.
(O pano azul, balanta, é o seu manto).
E vai - negra e azul - cobrindo a terra.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
Dançam os blufos.
Dançando, o palmeiral
contorece-se ao batuque que é de guerra.
A voz da noite vem
e banha-se de espanto.
(O pano azul, balanta, é o seu manto).
E vai - negra e azul - cobrindo a terra.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
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Paisagem,
Poema de João Mattos e Silva
domingo, 18 de julho de 2010
Luz no Caminho

http://tresgeracoes.blogspot.com/2009/12/uma-luz-no-caminho.html
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Desenho de Fernanda Mattos e Silva
quarta-feira, 14 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Tempo de guerra I
Tempo de guerra eu sou.
Na minha carne rasgaram-se
as florestas.
E neste tempo assim
em sangue vivo
sou a força de querer que se liberta.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
Na minha carne rasgaram-se
as florestas.
E neste tempo assim
em sangue vivo
sou a força de querer que se liberta.
---
Poema de João Mattos e Silva (1972).
segunda-feira, 5 de julho de 2010
A Imperatriz
Pintura de Emília Matos e Silva, A Imperatriz (2009).
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Simbolismo
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Desenho
Apontamento a sanguínea de Margarida Elias, realizado a 14 de Janeiro de 1987, no âmbito de uma aula de desenho, no Liceu D. Filipa de Lencastre. Neste desenho vêem-se duas pessoas sentadas no corrimão que ficava junto da entrada.
terça-feira, 29 de junho de 2010
No Tempo 1
Enquanto diga sal
que pense mar
enquanto creia ser
que o descreia
enquanto pense rio
que não ria
enquanto vencer só
que não me vença
enquanto esteja aqui
que vá para onde vim
enquanto pasme o pasmo
que se espante.
o vento vai soprar
de outro quadrante.
---
Poema João Mattos e Silva (1976).
que pense mar
enquanto creia ser
que o descreia
enquanto pense rio
que não ria
enquanto vencer só
que não me vença
enquanto esteja aqui
que vá para onde vim
enquanto pasme o pasmo
que se espante.
o vento vai soprar
de outro quadrante.
---
Poema João Mattos e Silva (1976).
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Abstracto III
Pintura de Emília Matos e Silva, Sem título, 2008.
Óleo sobre tela, 40 x 50 cm
Publicada originalmente em Constante Procura.
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Abstracto,
pintura de Emília Mattos e Silva
quarta-feira, 23 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
De amor somente III
Que importa a distância em nós havida
e o riso suspenso num momento
e a vontade de amar surpreendida
pelo quebrar dos remos n'água lento?
Que importa o cansaço que nos toma
e os destroços que somos dolorosos
e o amargo sorriso que nos assoma
aos lábios de teus beijos sequiosos?
Que importa tudo isso se queremos
permanecer como farol no mar
dando da luz que somos e que temos
a quem nas águas vai quebrando os remos?
Nem o silêncio pode amordaçar
as certezas de amor que nos dizemos...
---
Poema de João Mattos e Silva (1976).
e o riso suspenso num momento
e a vontade de amar surpreendida
pelo quebrar dos remos n'água lento?
Que importa o cansaço que nos toma
e os destroços que somos dolorosos
e o amargo sorriso que nos assoma
aos lábios de teus beijos sequiosos?
Que importa tudo isso se queremos
permanecer como farol no mar
dando da luz que somos e que temos
a quem nas águas vai quebrando os remos?
Nem o silêncio pode amordaçar
as certezas de amor que nos dizemos...
---
Poema de João Mattos e Silva (1976).
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Gravura
Gravura de Emília Matos e Silva, Sem título, 1978
Gravura - água-forte, 32,5 x 50 cm
Publicada originalmente em Constante Procura.
Gravura - água-forte, 32,5 x 50 cm
Publicada originalmente em Constante Procura.
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Gravura de Emília Mattos e Silva
quarta-feira, 2 de junho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
De amor somente I
De amor somente
destruí mistérios
construí impérios
na areia molhada.
De amor somente
esconjurei bruxedos
resguardei segredos
da flor desfolhada.
De amor somente
roubei ao poente
a côr de alvorada.
---
Poema de João Mattos e Silva (1976).
destruí mistérios
construí impérios
na areia molhada.
De amor somente
esconjurei bruxedos
resguardei segredos
da flor desfolhada.
De amor somente
roubei ao poente
a côr de alvorada.
---
Poema de João Mattos e Silva (1976).
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Pórtico
Ser livre
é não reter nas mãos
o vento
é ser verdade e sal
e ser fermento.
---
Poema de João Mattos e Silva (1976).
quinta-feira, 29 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Retro Visor
Pintura de Emília Mattos e Silva.
«Quando tento olhar para o meu passado, com os olhos da alma e da memória, não vejo um filme mas sim imagens paradas que se sucedem como diapositivos. Momentos parados no tempo. Fotos congeladas em instantes precisos».
---
Emília Mattos e Silva, 8 de Agosto de 2008.
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pintura de Emília Mattos e Silva
terça-feira, 30 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Era o segredo o rio que canta
Era o segredo o rio que canta
sobre os fraguedos a penedia
se este canto mais que a lembrança
de toda a vida, noites e dias.
Eram meus olhos voto guardado...
de mil promessas a cada instante
e o meu sorriso alvoroçado
sonho de amor sempre distante.
Mas vi-te e soube que nesse dia
todo o silêncio se quebraria,
como este canto que irá soar
por toda a vida em cada dia
como as promessas no teu olhar
serão certezas em cada instante.
E o amor nesta alvorada
será um sonho sempre constante.
---
João Mattos e Silva.
sobre os fraguedos a penedia
se este canto mais que a lembrança
de toda a vida, noites e dias.
Eram meus olhos voto guardado...
de mil promessas a cada instante
e o meu sorriso alvoroçado
sonho de amor sempre distante.
Mas vi-te e soube que nesse dia
todo o silêncio se quebraria,
como este canto que irá soar
por toda a vida em cada dia
como as promessas no teu olhar
serão certezas em cada instante.
E o amor nesta alvorada
será um sonho sempre constante.
---
João Mattos e Silva.
terça-feira, 16 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Bolo Enrolado (Torta) de Chocolate
Batem-se 5 gemas de ovos com 5 colheres, de sopa, de açúcar e uma casaca de limão. A massa deve ficar esbranquiçada, crescer e abrir bolhas.
Juntam-se 5 colheres de farinha, com uma colher de chá de fermento.
Por fim, as 5 claras batidas e firmes, só a ligar.
Deita-se a massa num tabuleiro untado com margarina e enfarinhado, leva-se a forno a cozer durante cerca de 20 minutos.
Enquanto coze prepara-se o recheio (por exemplo, molho de chocolate).
Logo que estiver o bolo cozido, retira-se do lume e desenforma-se sobre um papel, sobre o qual se estendeu uma leve camada de açúcar (pode ser também canela).
Recheia-se sem chegar às bordas e, com a ajuda do papel, enrola-se o bolo rapidamente e com cuidado.
Deixa-se esfriar antes de colocar na travessa.
---
Ilustração de Emília Matos e Silva para o livro Vamos Cozinhar de Fernanda Matos e Silva.
Receita de Fernanda Matos e Silva.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Algumas aves e um coelho
Ilustração de Emília Matos e Silva, para o livro Vamos Cozinhar, de Fernanda Matos e Silva (Edições Excelsior).
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Animais,
Desenho de Emília Matos e Silva,
Ilustração
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Fotografia de Carnaval
Agora que o Carnaval se aproxima, aqui fica esta fotografia. Herdei-a da minha avó, que me disse quem eram, mas não me recordo. Seria o tio Rui e a Tia Lídia?... Se alguém souber e me quiser dizer, é bem vindo.
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