quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Grades


Não quero estas grades diante dos meus olhos!
Não quero estes muros escondendo o horizonte!
Quero ver mais p'ralém desta vida de escolhos,
Descortinar a Terra do mais alto do monte.


Não quero estas grades diante dos meus passos,
Não quero esta prisão cerceando a liberdade,
Quero ir mais longe do que estes metros escassos
que limitam cruelmente a minha ansiedade.


Não quero estas grades tolhendo o pensamento,
Não quero esta prsião onde o meu Ser fenece,
Quero ser livre, livre como o próprio vento,
Que em invisíveis rotas vai onde lhe parece.


Não quero estas grades prendendo a minha alma,
Não quero este cárcere exíguo e apertado.
Quero sentir, enfim, a doce Paz, a calma,
de quem tem por caminho o espaço ilimitado

Fernanda Mattos e Silva, 17.3.1958

Sem comentários: