terça-feira, 15 de abril de 2008

1987, ano de intensa vivência poética


Em 1987, por iniciativa da associação Património XXI, de que era sócio, participei com perto uma centena de poetas de várias gerações e discursos diversos, nos III Encontros de Poesia de Vila Viçosa, entre eles Raul de Carvalho, Luís Veiga Leitão, Orlando Neves, Rebordão Navarro, Adalberto Alves, António Almeida Mattos, Fernando Namora, João Rui de Sousa, Fiame Hasse Pais Brandão, José Blanc de Portugal, José Manuel Capêlo e Wanda Ramos. Da poesia apresentada foi feito um livro, "Água Clara - Poetas em Vila Viçosa" . Dele, um poema;




Porque morre um poeta?

à memória de Ruy Cinatti

Porque morre um poeta? porque parte
a desvendar o sonho o encoberto
se tudo o que um poema silencia
seria revelado ou descoberto?
Porque morre um poeta? Porque morre?


Em 1987 também aparece nos escaparates "Palavras - Sete Poetas Portugueses Contemporâneos", reunindo poemas de António Almeida Mattos, João Mattos e Silva, José Manuel Capêlo, Cândido José de Campos, Fernando Tavares Rodrigues , Nicolau Saião e Rita Olivaes. Desse livro


Pranto de Adriano Imperador

Nunca o silêncio dirá
da dor que cinjo
como o império que sirvo
e a que resisto.
Nem de tão grande amor
irão meus versos
toda a grandeza. E os rios
mares que chorei.

Serás sempre o meu deus
pátria e destino.
Roma é vertigem só;
a vida instante.

Teu sacerdote ó Antinoos
sou: eterno e amante.

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